entao fica aqui pra outra hora eu colocar la. beijo na bunda até segunda.
Tiro o cinto da minha calça e mais um monte
de papeizinhos que vou acumulando durante o dia nos bolsos, puxo a porta do
roupeiro e ela enguiça como sempre, que bagunça, mas ainda vou arrumar tudo
isso, e tirar o batom borrado do espelho. Carregador de celular pra cá, fonte
do notebook pra lá, onde é que estão minhas coisas? Metade em cada bolsa, que já
nem escolho mais qual usar, pq nenhuma é boa suficiente. Eu sabia q eu ia
começar desfazer as coisas, a semana foi péssima com P maiúsculo. E o por que? Sei
lá, mas quase deu choque em encostar nela que ria de tudo pra liberar um pouco
dessa energia toda. A cadeira já desisti de envaziar de tanta roupa. Fica lá,
pra depois, como tudo tem ficado. Paro. Tiro esmalte com a unha até machucar
alguma delas. Depois enfureço mais ainda. Vou e volto no quarto. Nunca decido o
que fazer primeiro. Ou simplesmente enrrolo cada vez q tnho que arrumar uma
mala de roupas. Talvez se não tivesse tantas ideias cada vez que chego em
frente ao roupeiro, aquele que enguiça, e volto ao pc pra descarregar mais um
monte de letrinhas bestas.
Fui denovo, a porta enguiçou denovo, as
roupas estão guardadas fora de lugar denovo. Denovo. Denovo. Denovo. Que saco.
Volto a ficar irritada (pra não usar a
palavra denovo). Olho minha espinha na testa, e sei que não era pra ela estar
ali. Besta. Começo pelas Calças Jeans, pois poucas servem. Isso há de mudar. Frio
ou calor? Que dificuldade. Sério, deve
haver um porque do meu bloqueio sempre que tenho que arrumar a mala.
A boa e velha lembrança da primeira usada. Fugi
do assunto, droga. É que to tentando evoluir com a mala. Ai peguei uma jaqueta,
e tive a lembrança da primeira usada, que se não for boa, será lembrada com
mais facilidade por mim ainda. Droga. Largue esse computador!
Sempre faço o mesmo gesto com os cabides. Depois
vou passando um a um, e não me satisfazendo de começo com nada. Insisto e pego
algo pra tentar juntar a mais algo. Tem que rolar as portas novamente. Tomara que
não enguicem. Antes vou jogar umas duas ou três básicas segunda pele. O próprio
nome já diz. E é por isso que preciso me livrar delas. Depois, resolvo procurar
algo do alto, e a cadeira, que tá cheia de novo, faz eu me irritar de novo.
Subo, pisoteando as que ali estão largadas,
e é claro que vou desdobrar alguma que não gostaria. E “de novo” não me
satisfaço com nada. Agora rolo a porta. Depois rolo o espelho e pego o indispensável.
Atenção. Começaram as provas. Isso é
perigoso. Nem foi. Não passou de uma peça.
Sorry, fugi totalmente daqui agora. Prevaleceram
as lembranças. Umas da primeira usada. Outras da origem. E assim vai. O pensamento
voa mais que gaivota.
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